Acordo de Cooperação entre SGB-CPRM, USP/Esalq e Fealq prevê o fortalecimento de rede de pesquisa e inovação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da agricultura tropical

Sexta-feira, 29 de julho de 2022

Acordo de Cooperação entre SGB-CPRM, USP/Esalq e Fealq prevê o fortalecimento de rede de pesquisa e inovação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da agricultura tropical

Fonte: https://agregadosonline.com.br/vulcano-alternativa-natural-e-eficiente-para-o-solo/

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) firmou, nesta quarta-feira (27), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo (USP/Esalq), e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). A celebração do instrumento tem por objetivo desenvolver o ‘Programa Nacional de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais’ - em parceria com instituições acadêmicas e outros institutos de ciência, tecnologia e inovação (ICTs) -, articulando a execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) sobre o tema.

O acordo - assinado pelo Diretor-Presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, e pelos diretores de Geologia e Recursos Minerais (DGM), Marcio Remédio, e de Infraestrutura Geocientífica (DIG), Paulo Romano -, inicia a criação de uma forte rede de pesquisa por novos insumos agrícolas, visando o crescimento sustentável da produção agrícola brasileira e também a compensação da emissão de gases do efeito estufa, por meio da fixação de carbono no solo.

Esteves Colnago destacou a importância do acordo para o país - que em 2021 importou 85% de todo o fertilizante utilizado em nossas plantações: “O Brasil, mais do que nunca, precisa de alternativas para continuar promovendo o crescimento da nossa agropecuária. Diante do atual cenário, este acordo traz perspectivas de avanços significativos para estimular o uso sustentável dos nutrientes e buscar por novas alternativas para incrementar o manejo da fertilidade do solo. Nesse sentido, o SGB-CPRM assume papel estratégico em rede de parcerias com instituições conceituadas na área de PDI, alcançando universidades, ICTs, bem como a cooperação com produtores”, ressaltou o Diretor-Presidente, dizendo, ainda, que “por meio deste acordo - inserido no contexto do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) - o SGB-CPRM, como uma ICT, com o esforço conjunto da DGM e do Centro de Geociências Aplicadas (CGA), dará contribuição diferenciada à produção de alimentos no Brasil”.

Entre as metas a serem alcançadas estão: diagnosticar qual a contribuição dos agrominerais na redução da dependência externa de fertilizantes solúveis; avaliar qual a contribuição dos agrominerais na mitigação da ação antrópica sobre as mudanças climáticas (mercado de carbono, certificação, serviços ecossistêmicos); compreender a interação entre microorganismos e minerais (biointemperismo, ciclo do carbono usando isótopos de moléculas específicas); gerar tecnologias e manejos que maximizem a eficiência dos remineralizadores; e pesquisar a extração de potássio em silicatos, bem como a extração de fósforo de fontes alternativas (fosfatos secundários, depósitos subeconômicos, esgoto urbano e água do mar).

Entusiasmado, o diretor Márcio Remédio avaliou como fundamentais as atividades de mapeamento agrogeológico, avaliação do potencial agromineral e criação de metodologias e avaliação de fontes potenciais de agrominerais silicáticos para uso - como remineralizadores de solo e outros insumos alternativos para a agricultura - que já vêm sendo desenvolvidas pela DGM e que serão incluídas, também, a identificação e validação do potencial de títulos minerários ativos na geração de coprodutos para uso na agricultura.

O diretor Paulo Romano, apoiou o acordo, destacando que “Nessa perspectiva do ACT, estamos ajudando a promover o encontro da geologia com a biologia, uma vez que os remineralizadores de solo não são diretamente nutrientes de plantas, eles são nutrientes de microorganismos que, ao transformarem o pó de rocha aplicado ao solo, liberam, pelo processo de biodissolução, micronuetrientes para as plantas”. Paulo Romano considerou, ainda, que outro ponto fundamental do ACT é o estudo dos mecanismos pelos quais a biota age para fixação de carbono no solo, em contato com remineralizadores, e o impacto que esse processo tem para o meio ambiente e para a prestação de serviços ecossistêmicos. “O ACT é uma forte contribuição do SGB-CPRM à bioeconomia”.

O Acordo de Cooperação Técnica passa a valer a partir deste ano e se estende até 2027.

Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Ministério de Minas e Energia
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